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Província de São Paulo,

2018-19

Quando o escritor argelino Albert Camus visitou o Brasil, passou pelo interior de São Paulo. Lá, seu fascínio pelo povo, pelas tradições, pelo clima tropical, pela "terra roxa" (referência à terra fértil de cor vermelha, que em espanhol se diz 'roja') além das belezas naturais, da lama e dos rios, fizeram com que eternizasse essa atmosfera ao mesmo tempo serena e provocante no conto A Pedra que Cresce, publicado no seu último livro em vida, O Exílio e o Reino (1957, mesmo ano em que foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura).

Estrangeirismos à parte, o interior de São Paulo é um local de resistência popular brasileira onde as tradições se mantém de pé mesmo contra o sedutor mundo das "inovações" por vezes duvidosas da vida cosmopolita da capital. A província do estado paulista foi berço de inúmeros outros escritores brasileiros magistrais, como Ignácio Loyola de Brandão (Araraquara), Hilda Hist (Jaú); além de inúmeros outros artistas como o dramaturgo Zé Celso (Araraquara) e os pintores Cândido Portinari (Brodowski) e Tarsila do Amaral (Capivari).

Retratados nesta série em andamento, estão alguns registros de andanças pelo interior do estado em que nasci, e onde estão raízes de parte de minha família, que antes de vir para a capital, firmou morada na província, quando o café ainda era principal fonte de renda paulista e do país. 

As cidades (em ordem): Brodowski, Araraquara, Ribeirão Preto, São Luiz do Paraitinga.

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